sexta-feira, 21 de dezembro de 2012


E a vida segue, assim como o mundo.

É interessante poder escrever, estar conectado à internet, viver, no dia em que muitos esperavam pelo caos, destruição e morte. Sim, porque, se o mundo acabasse, estaríamos mortos! O que me levou a escrever, contudo, não tem a ver com a data tão falada, difamada, ridicularizada...exaltada! O que me faz escrever, neste momento, é a inquietude de minha alma, o anseio de compartilhar algumas experiências que tive, vivi e aprendi. Muitas delas pequenas, mas que fizeram, e fazem, grande diferença! Situações e ponderações passadas nestes meus 31 anos de vida! Não é autobiografia, longe disso! Tampouco, me elevo como grande conhecedor da vida, a ponto de querer ensinar ou influenciar alguém. Quero compartilhar, apenas, lições, situações e experiências que tive nestas 31 vezes que passei pelo dia 21 dezembro:

Aprendi que amizade não acaba, mas que amigos podem distanciar-se. Eu aprendi que amigo pede “um tempo”. Sabe aquele momento, em uma relação, no qual uma das pessoas diz: acho que precisamos de um tempo?! Então, totalmente novidade, pra mim, mas vivi isso! Aprendi que amigos seguem caminhos diferentes, criam projetos, traçam metas diferentes das minhas. Aí, vem o distanciamento. Mas o mais incrível que aprendi, sobre amizade, é que “o tempo” acaba e o sentimento sincero não morre. De repente, você está com seu amigo, em um café, rindo à toa; tudo fica como antes. Aprendi, também, que o distanciamento não significa nada. Quando acontece o reencontro é como se nunca tivesse deixado de ver aquela pessoa! Aprendi que amizade pode nascer nos lugares mais inesperados! Pessoas novas chegam e este sentimento tão delicioso acontece! Aprendi que amizade é essencial para me manter vivo!

Aprendi que não posso ter tudo o que desejo e tenho de saber lidar com isso! Nunca fui de fazer listas de resolução de fim de ano. Se as fizesse, tantas coisas estariam nelas! Mas desejos são diferentes de resoluções. Mas aprendi a viver com aquilo que tenho e posso ter, com os desejos que podem ser realizados e lutar para que outros se realizem. Aprendi que posso ter a cabeça nas nuvens, mas não posso tirar meus pés do chão! Quanto às resoluções, aprendi que devo dar outro nome a elas: metas. Metas são necessárias, precisam ser traçadas, mas aprendi que não adianta traçá-las, sem trabalhar em prol das mesmas.

Aprendi que o tempo não cura todas as dores. Ele ameniza, mas não cura. Aprendi que existem diversos tipos de curas, para diversas áreas de minha vida! Aprendi que o sofrimento pode me trazer cura. Curar uma relação abalada, por exemplo! Expor algo que estava escondido, que não era visto, justamente, porque o tempo amenizou! Mas ali estava o sofrimento, querendo mexer na ferida, abrindo-a, para que ela pudesse ser limpa e tratada. Aprendi que, em meio a conflitos extremos, ninguém me apóia tanto quanto minha família! Aprendi que minha dor não é maior e nem menor que a do outro, mas igual. Para cada um de nós, o nosso problema é o maior. Aprendi que não adianta querer comparar situações ou vivências. Como diz a música, “cada um sabe a alegria e a dor que vai, no coração”. Aprendi a respeitar o que o outro sente e aprendi, também, que nem sempre aquilo que sinto será respeitado. Mas há de se aprender a lidar com isso.

Aprendi a ser grato pelo alimento que tenho em minha mesa! Aprendi que um pãozinho e dois ovos mexidos é um verdadeiro banquete! Aprendi a ser mais consciente com o que trago pra dentro de minha geladeira, para que, depois de um tempo, não vá direto para o lixo. Aprendi que não devo deixar de comer algo que gosto e me está disponível, simplesmente por conta da estética! Aprendi que existem muitas pessoas, no mundo, que não se importariam em ganhar alguns quilinhos a mais, se tivessem o que comer.

Aprendi o que é preconceito e que sou preconceituoso. Aprendi que o preconceito não está, apenas, na diferença de cor, de credo, de opção sexual. Existem tantas outras formas do preconceito se manifestar. Aprendi que pessoas que muito tem, tendem a ridicularizar as que menos tem. Meu celular é assim, meu computador é assado. Minha casa tem isso, meu lençol é feito com todos os fios do mundo, meu espumante é da marca tal. Coisas tão ínfimas, por vezes, ridículas, mas que, hoje, tornam algumas pessoas superiores a outras, como se em castas, vivêssemos.

Aprendi que Deus me trata de maneira que não mereço! Sua fidelidade, compaixão e amor não cabem em meu entendimento. Aprendi que nunca conseguirei corresponder a este amor. Mas aprendi que é necessário amá-Lo, com todas as minhas forças. Aprendi que Deus não escreve certo em linhas tortas. Ele, simplesmente, escreve! E sua escrita é incontestável. Aprendi a conhecer o que é graça.

Aprendi que um abraço é, para mim, como um casaco, em um dia frio!

Aprendi que um sorriso abre muitas portas, inclusive, as do coração!

Aprendi que posso chorar, assistindo um filme! E, confesso, até com um bom comercial!

Aprendi a dizer não e que isso não é fácil. Aprendi a dizer sim, mas isso também não é fácil! Como o contexto muda! Mas aprendi que sim e não fazem parte da vida adulta.

Aprendi que saber cozinhar é um dos maiores dons. Sabe quando bate aquela fome? Você abre a geladeira e tem ovos e bacon! Na despensa, macarrão! O resultado? Carbonara! Aprendi a me deliciar com o que cozinho e aprendi novas receitas!

Aprendi novas músicas, novos gêneros e aprendi a gostar de alguns segmentos que nunca imaginei estarem em minha “play list”.

Aprendi que sapatos devem ser confortáveis, antes de serem modernos!

Aprendi que não sei cuidar de plantas! Matei três cactos e uma espécie rara de orquídea, que me foi presenteada por um amigo orquidófilo!

Aprendi que sempre devo estar pronto a ouvir, mas que nem sempre terei o que falar.

Aprendi que, não importa a idade que eu tiver, minha mãe sempre me esperará com croissant de chocolate!

Aprendi tanto, mas pude falar de tão pouco – até porque você ficaria entediado ao ler...se isso já não aconteceu. Mas o que aprendi, e não posso deixar de registrar, é que tenho muito, muito, muito mais a aprender! Parece clichê. É clichê! Mas é realidade!

Que venham nos dias, novos anos, dificuldades, alegrias e muito aprendizado!
  


sábado, 4 de setembro de 2010

Retomando!


Nossa, demorei tanto para criar um blog e, tendo feito, não o atualizo. Vai meu pedido de desculpa a todos que acompanham – inclusive para os que ameaçaram de me excluir da lista de seus favoritos!

Decidi escrever em razão de algumas impressões que tive, durante esta semana, que foi bastante difícil. Passei por situações bem delicadas, que quase me deixaram desesperado. Coisas antigas, sombras que insistem em aparecer, vez que outra. Porém, o bacana foi que PASSEI por tais situações. Acredito que a vida seja feita de momentos de felicidade. Não acredito que felicidade seja uma constante, mas criam-se momentos felizes que nos levam à felicidade!

Apesar da semana conturbada, pude perceber o carinho de pessoas próximas e tive belas surpresas. Recebi abraço de amigos, palavras que fazem bem pro coração. Não se trata de bajulação, mas de sentir-se querido por alguém! Na tarde de quarta-feira, conversei com uma colega de trabalho, com quem tive pouquíssimo contato, até então, mas com quem tenho uma empatia muito grande! Uma pessoa querida que, ao falar, te leva a pensar! Foi tão importante ouvir seus comentários e descobrir que sou visto como alguém que vale a pena ter no convívio diário! E posso dizer, sem demagogia, que tenho um apreço imenso por ela!

Muitas vezes, trabalho contra mim mesmo, desacreditando de quem sou e do que posso ser. Em vários momentos, não me sou a melhor cia. Confesso que tenho de aprender a enxergar o que tantos enxergam. Ao final do dia - quarta, já me sentia bem melhor e mais acreditado que a tempestade vem, mas tem uma hora que acaba.

Outra percepção foi a do tempo. Percebi que o ano voou! Parece que isso acontece, a cada ano, mais rápido! Comprei um móvel em uma loja que só aceita pagamentos em cheque. Fazia mais de dois anos que eu não utilizava esta modalidade de pagamento, tanto que precisei imprimir uma folha. Ao preencher um deles, colocando a data de novembro, percebi que, dentro de pouco, começa a loucura de fim de ano! Novembro! Eu assinei um cheque para o mês de novembro! Uau! Ainda sinto a comemoração da virada do ano na casa de meu irmão e a sensação gostosa, no dia seguinte, do brinde da natureza: um lindo arco-íres, em uma das praias mais belas de Florianópolis! O ano passou voando! Não tenho por costume criar listas de resoluções de fim de ano, mas sempre penso em coisas que gostaria de fazer e que se cumprissem. Preciso verificar a quantas anda isso!

Hoje, é sexta-feira (a semana também voou!), um dos dias mais aguardados por mim – e pelo restante da população mundial! Parado, fazendo um balanço dos acontecimentos, posso dizer que minha semana foi boa! Geralmente, momentos ruins costumam marcar mais que os bons, mas não esta semana! Graças a Deus!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Glee e papila gustativa!

Posso estar atrasado. Posso ser motivo de escárnio, por querer falar a respeito. Posso ser o que você quiser, mas uma coisa é certa: falarei, aqui, a respeito do que EU quiser! Estranho começar um texto assim, não? Mas acredito que estou em um dia meio rebelde – pra não dizer antipático!

Bom, nos últimos dias, tenho me divertido muito com uma série norte-americana que está fazendo muito, mas muito sucesso! Já havia acompanhado alguns vídeos no Youtube, mas nunca assistido a um capítulo por inteiro. Esta semana, na verdade finalzinho da anterior, decidi acompanhar tal série, desde o início. De qual série estou falando? Oras, GLEE! Com uma proposta não muito audaciosa, chegando meio como zebra da TV, usando temática extremamente explorada por outros tantos programas e filmes, Glee consegue surpreender e tornou-se um fenômeno!

O tema: escola de nível secundário nos EUA, com a eterna disputa entre os populares e os excluídos! Glee, na verdade, é o nome de um clube onde os excluídos se juntam para fazer nada mais, nada menos, que cantar! Cantar? Sim, cantar! E muito, mas muito bem! Neste grupo, participam Rachel, uma menina judia que fora adotada por um casal de gays e não aceita que alguém possa ser melhor que ela. Artie, um cadeirante que, além de cantar muito bem, toca guitarra. Kurt, um menino com rosto e voz de menina que assume sua homossexualidade – e veste peças esplêndidas de estilistas renomados. Inclusive, no terceiro episódio, ele estava usando um casaco quase idêntico a um que desenhei (sim, me arrisco, vez e outra...será que roubou meu croqui?). Tina, que finge ser gaga, para evitar as provas de espanhol do professor Will, que, aliás, é quem coordena o clube Glee! Ele é um apaixonado por música e tenta, de todas as maneiras, reerguer o clube, conquistando o sucesso que outrora tinha e ganhe campeonatos! A estas personagens, se juntam alguns jovens ditos populares, como Finn, o queridinho da escola e jogador de futebol (americano, claro). Quinn, a líder de torcida, que namora Finn, e acaba engravidando de outro menino, o Puck, que também é jogador e entra no Glee. Muita informação? SIM! Parece complicado? SIM! E acredito que aí esteja a fórmula de sucesso da série. Glee não quer mostrar meninos e meninas super felizes, perfeitos, mas sim, mostrar a realidade que permeia uma escola secundária e, por que não, nossa sociedade. As personagens não são tão simpáticas, não são politicamente corretas, não trabalham para um final feliz, pelo contrário, por vezes, vemos atitudes ardilosas, dignas de verdadeiros vilões. Porém, no fundo, o que querem é cantar, se divertir e mostrar que mesmo com dificuldades, vidas meio tortas, é possível criar algo bom, que, de maneira ou outra atenda ao que todos almejamos: momentos felizes!

O que falei da série é muito pouco! Dei, apenas, uma pincelada! Existem vários outros personagens tão bons e engraçados que fazem parte do enredo. Exemplo? A professora Sue, treinadora das chefes de torcidas que empenha-se, de todas as maneiras, em acabar com o clube Glee. Também temos Emma, a conselheira do colégio, que tem TOC – transtorno obsessivo compulsivo – de limpeza, sem falar nos olhos de lêmures que tem! Assim como a própria esposa do professor Will, que desenvolveu uma gravidez psicológica e, para segurar seu casamento, propõe a Quinn que doe seu filho a ela! Ufa! É mais ou menos isso. A trama é envolvente, te leva a pensar em várias situações da vida, te emociona e diverte! Eu rio demais com algumas sacadas das personagens! Sem falar que a trilha sonora é algo primoroso! Músicas de sucesso cantadas com novos arranjos e vozes lindas! Se você, assim como eu, não está tão atualizado, dê um jeito nisso e entre para o mundinho Glee!

Em tempo, o título do post menciona papilas gustativas. O que tem a ver com o que já escrevi? Nada! Trata-se de um capítulo novo! Costumo dizer que Murphi, aquele das leis, é um parente distante – só não faço a árvore genealógica, por receio! As coisas mais diferentes costumam acontecer comigo. Alguém já machucou uma papila gustativa? Pois bem, eu já! E por duas vezes! Esta semana, minha língua estava doloridíssima e o diagnóstico eu já sabia: mais uma vez, em razão da força despendida na escovação de meus dentes, machuquei a papila! Abri minha boca e lá estava ela, imponente, vermelha, como um cogumelo crescendo – Juro! Parecia um cogumelo. Liguei pra farmácia e pedi uma das melhores invenções da humanidade – bah, que exagero: a pomada Omcilon Orobase (sim, eu sei a regra do M, mas o nome da pomada é este). Ela cria uma película fina que protege o machucado e tem ação antiinflamatória potente! Em dois dias, meu cogumelo voltou a ser papila. Então, você já sabe: machucou uma papila? Omcilon nela! Propaganda de medicamento? Ai!

Quinta-feira, véspera do dia mais esperado por mim, desde o domingo!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Geração cópia

O texto abaixo, ficou um bom tempo sendo minha descrição, em uma rede social. Várias situações me levaram a escrevê-lo, na época. Hoje, quando leio, vejo que renova-se a cada dia. Decidi postá-lo aqui, pois quero falar mais sobre o tema, num próximo post. Então, será como uma introdução. Eis o texto:
Geração cópia.
- E aí, Ismael? Chegaste a ver a guria que venceu o concurso do Miss Brasil? Bah, linda, ela!
- Ah, sim! Vi! Muito bonita!
- Que rosto lindo, né? E o corpo!? Perfeito!
- É, realmente, o cirurgião fez um ótimo trabalho! O silicone, nos seios, ficou ótimo! A lipo perfeita! E o nariz? Nossa! Muito bom! Parece que ela nasceu com aquele nariz, mesmo! Ah, sem falar nos dentes de porcela, né? Mó brancos!
- Tá, péra aí! Tu não curtiu?
- Olha, sinceramente, sempre pensei que estes concursos fossem pra eleger a mulher mais bonita, mas, na real, os jurados escolhem a melhor plástica! Só pode! Poutz! Li uma reportagem sobre todos estes "mexes" que ela fez! Segundo o jornal, foi pra ficar enquandrada no padrão de beleza internacional! Então, pra que ela ganha um título? Qual finalidade? Na real, ela é uma CÓPIA de tantas outras.
- Hum...tá, bem! Mudemos de assunto! Chegaste a ler o BLOG do do N-z?
- De quem?????
- Do N-z, MEO!!!! Nosso amigo Nando! É que ele se identifica com o N-z e tá utlizando este apelido...
- Ah...li, sim! Sabe, sempre tive uma impressão muito estranha, ao ler seus textos! Tudo muito bem escrito, idéias bacanas e tals, mas tenho a sensação que já li tudo aquilo em algum outro lugar!
- Ismael, te liga! O cara faz CÓPIAS dos textos! Ele escolheu um autor, aí, modifica um pouco os textos e joga no blog.
- Ahhhhhhhhhhhhhh, tinha certeza! Mas, então, deixa eu entender: o cara pega os textos de outra pessoa, não dá os créditos e fica com os louros? Pra quê? Pra ser aceito? Pra receber elogios? Sentir-se bem e tal? Cara, isto é CÓPIA! Ele está engando a ele mesmo!
- Tá, ok...tu tá meio azedo, né? Mas deixa eu te contar: lembra o Ale? Então, finalmente, ele consegui entrar naquele grupinho que tanto queria! Fez amizades com os caras de Floripa! Bacana, né? Sempre foi o desejo dele! Ah, e tá de tatuagem nova! Muito maneira! É quase idêntica a daquele DJ do Rio!
- Hum...então, o Ale conseguiu fazer parte daquela galerinha? Bom, também, né? Depois de poucas coisas que ele fez! Só precisou malhar 6 horas por dia, comer clara de ovo, tomar umas bombas e ficou com o corpo parecido com o dos caras! Claro, não dá pra esquecer da tatoo, né? Quase idêntica! Na real, ele transformou-se numa CÓPIA pra ser aceito!
- Tá, quer dizer...hã...AHHH, viste meu tênis novo?
- Reparei, sim! Super estiloso! Mas ele é Nike, mesmo?
- Não, cara! É uma réplica! Paguei metade do que as lojas pedem! Show, né?
- Bom, ele não é original, é isso? Então, é uma CÓPIA! Por mais parecido que seja com o original, não é!
- Cara, o que tem contigo, hein? Tu é o garoto enxaqueca?
- Eu? Eu não! Se fosse, seria uma CÓPIA!

domingo, 28 de março de 2010

Vida: uma escola. Sempre um aprendizado.

Esta semana foi diferente das demais. Quando penso melhor, sei que cada dia é diferente do outro, porém, existem momentos em que nossa rotina é quebrada. Desde quarta, e até sexta-feira, participei de um curso, na Empresa em que trabalho. Estes cursos são sempre válidos, pois aprendemos muito mais do que o assunto tema. Estar em uma sala com outras pessoas é uma experiência riquíssima! Dentro desta sala, estavam dez pessoas com vivências diferentes, pensamentos diferentes, crenças, emoções e percepções diferentes! O fascinante de tudo isso é que, mesmo com toda esta diferença e diversidade, conseguimos chegar a um denominador e fazer com que tudo aquilo tenha sentido.

O curso ensinava, ou nos levava a pensar, em como transmitir algo a alguém. Seja por meio de palestra ou de um curso previamente formatado. Técnicas de apresentação, modelos de esquemas mentais, tipos de inteligência, entre outros, estavam presentes neste curso. Ao final, cada participante deveria montar uma apresentação de dez minutos. O tema poderia ser livre, ficando a escolha por nossa conta, ou um sugerido pela instrutora. Apesar de escolher um tema, decidi falar sobre qualquer outra coisa que não fosse a respeito do que havia escolhido. Teria de ser algo do interesse de todos e, então, optei por falar de algo muito, mas muito particular, que diz respeito à vida! O título deste post foi exatamente o de minha apresentação. Levei uma situação que faz parte de minha vida e desenrolei sobre como podemos aprender a cada instante. A riqueza da vida, mesmo diante de uma dificuldade. As mudanças das circunstâncias que, nem sempre, nos são agradáveis. Mas a vida continua bela e livre, sendo que podemos escolher como lidaremos com o que está diante de nós. E foi exatamente sobre isso que falei!

E o curso foi mais uma prova de que aprendemos sempre! A cada um dos participantes, meu muito obrigado! Adorei conhecer todos – alguns, eu conhecia por telefone, mas é tão melhor ver o rosto, o olhar! A vida, em cada pequeno momento, é uma escola!

sábado, 20 de março de 2010

Uma garrafinha de lembranças!



Sou muito ligado a cheiros! É incrível, e fascinante, o quanto posso voltar no tempo, lembrar de situações, pessoas, a roupa que a pessoa usava, o teor da conversa, a situação, se me fez bem ou mal. O cheiro, de modo geral - bom ou ruim, mexe com minhas emoções. Acredito que, além de trilha sonora, minha vida tem uma "trilha olfativa"! Terra molhada me faz lembrar das tardes na casa de meus pais. Cheirinho de pão quente me remete aos barulhos sempre presentes à mesa de minha família. O cheiro cítrico da bergamota me devolve aos tempo de escola e meu lanche - cheiro este que ficava por horas em minha mão! O café exala seu aroma e me envolve, trazendo-me lembranças gostosas, como se fosse um bom cobertor, envolvendo minha alma.


Um dos melhores passeios que fiz foi ao Canadá! Não somente pelo fato de ser fora de nosso país, mas este passeio me proporcionou reencontrar pessoas muito queridas, amigos especiais! Aprendi, através deste casal de amigos, a amar o Canadá. Tenho um carinho muito, mas muito especial por aquela terra! Aquela terra me oferece coisas pelas quais sou apaixonado: cultura, belas paisagens, diversidade, muita informação, entre outros. Nestes outros, me vem à lembrança um desenho do Pica-pau descendo as Cataratas de Niagara, dentro de um barril! Quando cheguei em Niagara, lembrei de cara!


Mas o texto é sobre cheiros! Deixe-me voltar. O fato é que, neste passeio, comprei um perfume delicioso - quem me conhece, sabe que sou amante de perfumes - chamado Plus, Plus, da Diesel. Não adianta procurar no Brasil. Encontrá-lo, no exterior, já é difícil. Pois bem, este perfume me envolveu e fez parte de todo o tempo em que estive no Canadá. Em cada lugar visitado, paisagem vista, conversa, lá estava ele impregnado em meu corpo. Lembro de ter trazido alguns frascos em minha bagagem que, depois de um tempo, acabaram. Na semana passada, porém, o irmão de uma amiga muito querida retornou de Miami e adivinhe? Encomendei um frasco deste perfume! Ao colocá-lo em minha pele, fui tomado pelas mais diversas emoções e lembranças! Os cafés no Tim Hortons - uma rede canadense, as conversas com meus amigos, o churrasco típico, o chuvisco das cataratas tocando meu rosto, os esquilos correndo pelos parques, o carinho de meus amigos, durante minha estada em sua casa! Foi meio uma sessão nostalgia! Eu concordo com a frase "recordar é viver"! Por vezes, me pego recordando! E fico divagando sobre como algo simples, como um cheiro, pode mexer tanto comigo. Ao reaplicar este perfume, depois de três anos, meus olhos ficaram marejados.